sábado, 21 de abril de 2007


"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." 

Fernando Pessoa


A intemporalidade da escrita de Fernando Pessoa destaca-se mais uma vez neste esclarecimento sobre o valor de tudo o que nos rodeia. A intensidade dos momentos que vivemos é, sem dúvida, superior à sua duração. Se pensarmos nas nossas experiências pessoais, é mais do que certo que vêm à memória momentos de felicidade plena...momentos esses que se calhar duraram minutos, segundos, mas que foram extremamente intensos. Até ficamos com a sensação que "aquele momento" durou uma eternidade, mas que na realidade temporal, não durou mais do que uns minutos, umas horas...
Presentemente, as pessoas vivem cada vez mais em função do tempo e deixam que isso regule as suas vidas, não dando importância à intensidade das coisas vividas...talvez por se encontrarem numa espécie de adormecimento latente.
LiliFlor

sábado, 14 de abril de 2007

"A Escolha Inteligente"


"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." 

Fernando Pessoa


A intemporalidade da escrita de Fernando Pessoa destaca-se mais uma vez neste esclarecimento sobre o valor de tudo o que nos rodeia. A intensidade dos momentos que vivemos é, sem dúvida, superior à sua duração. Se pensarmos nas nossas experiências pessoais, é mais do que certo que vêm à memória momentos de felicidade plena...momentos esses que se calhar duraram minutos, segundos, mas que foram extremamente intensos. Até ficamos com a sensação que "aquele momento" durou uma eternidade, mas que na realidade temporal, não durou mais do que uns minutos, umas horas...
Presentemente, as pessoas vivem cada vez mais em função do tempo e deixam que isso regule as suas vidas, não dando importância à intensidade das coisas vividas...talvez por se encontrarem numa espécie de adormecimento latente.
LiliFlor

terça-feira, 10 de abril de 2007

Tão perto, mas tão longe...



Tudo na vida tem a sua razão de ser, pelo menos sempre acreditei nesta espécie de "filosofia" de vida. Contudo, não deixo de ficar inquieta, com uma atitude apreensiva, de questionamento, perante certos acontecimentos...situações que me fazem calcar o Presente a passo inseguro, com medo...mas medo do quê? Do Futuro, do Presente ou do pseudo fantasma que muitas almas dizem ser o Passado?! Não quero ser influenciada por nenhum tempo verbal, apenas desejo ter coragem para abrir a "Porta da Vida" e vivê-la com toda a intensidade! Sinto que estou cada vez mais perto de o conseguir, pois penso que tenho a chave correcta...só falta colocá-la na fechadura, rodá-la e esperar para ver o quadro da Vida...mas a ansiedade e o medo da desilusão são condicionantes que estagnam a minha espontaneidade e a vontade de romper com todos os protocolos do tão bem conhecido "sofrimento por antecedência". Eu quero ver o que está para lá da "Porta da Vida", sem medos, sem receios, sem tormentos! Quero abarcar a Vida com tudo o que ela comporta: lágrimas, sorrisos, alegrias, tristezas, vitórias, derrotas...não importa o que lá vem, só quero sentir-me realmente viva e em harmonia com o Universo...sobretudo com o meu Universo particular... tão perto, mas tão longe...

LiliFlor

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Noites de Lua Cheia...



"Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, iodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo nocturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio."

Pablo Neruda, "Plena Mulher"

domingo, 1 de abril de 2007

Escolhas


A vida é feita de escolhas; isto pode parecer um cliché, mas é uma verdade, se é que podemos afirmar que a verdade existe. Às vezes, quase que sinto que não existe verdade. Este sentimento é arrepiante, mas existem momentos em que a minha vida não parece real, como se fosse uma projecção numa tela de cinema, à qual eu assisto, imóvel, na primeira fila. E não são só as minhas escolhas que me fazem sentir assim, são também as das vidas que se cruzam com a minha. No fim, as consequências dessas escolhas, influenciam a minha esfera vital, abalando os alicerces da minha "suposta" existência terrena.
As escolhas que temos que fazer afectam, inevitavelmente, as outras vidas. As consequências podem ser negativas, sobretudo quando as pessoas não pensam seriamente nas suas escolhas e após terem escolhido um caminho, voltam atrás, na esperança de tentar reescrever o Passado. Contudo, tal não é possível. Não podemos seguir em direcção ao Futuro com vontade de mudar o Passado, pois isso pode levar ao caos de todas as relações interpessoais e, sobretudo, a uma inquietação espiritual que conduzirá a constantes interrogações, as quais só servirão para bloquear o nosso sentido natural de optar pelo melhor caminho.
Não existem "receitas", soluções perfeitas, para evitar tais desaires. Todavia, estou convicta que se em vez de pensarmos só em nós, nos colocarmos no lugar das outras vidas, as nossas escolhas serão, certamente, mais conscienciosas e evitarão situações ambíguas que poderão conduzir a um sentimento que não é de todo fácil de gerir: o arrependimento!
LiliFlor